terça-feira, 24 de novembro de 2015

Sommelier ensina a combinar pratos com mostarda e cerveja


À primeira vista parece uma junção improvável. Mas, sim, é possível combinar diferentes pratos com mostarda e cerveja. “Podemos dizer que é uma harmonização tripla”, disse o beer sommelier Tulio Rodrigues durante o Festival Cultural da Cerveja, que está sendo realizado neste fim de semana em Campinas.
Estão sendo apresentados durante o evento três tipos de mostardas feitas com ingredientes da cerveja: malte de cevada, malte de trigo e lúpulo.  Elas, claro, casam com a bebida mais consumida pelos brasileiros. “As mostardas são uma parceria da Bohemia com o Brewer Chef”, explicou Daniel Wakswaser, diretor da Bohemia.
Veja como é cada mostarda e como combiná-la com comida e cerveja, conforme as dicas de Tulio.
Mostarda Witbier – Leva na sua composição laranja, malte de trigo e lúpulo. É a mais suave das três, com sabor levemente adocicado no fundo. Combina com saladas, peixes e cervejas feitas com trigo. No Festival, indicada para harmonizar com a Bela Rosa.
Mostarda Pale Ale – Inspirada na escola inglesa de cervejas, leva ervas finas, malte de cevada e lúpulo. Você percebe um toque caramelizado. Harmoniza com carnes brancas, como porco e galinha, e combina com cerveja estilo Pale Ale ou IPA (India Pale Ale). A Jabutipa é a cerveja no Festival para consumir com essa mostarda.
Mostarda Stout – Escura, tem na composição malte torrado e lúpulo. Harmoniza com pratos mais pesados, como carnes vermelhas e feijoada. E, como o nome entrega, combina com cervejas Stout, como a Wäls Bohemia Oito e Um.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Festival Internacional de Cerveja reúne 800 rótulos da bebida no Rio


A terceira edição do Festival Internacional de cervejas "Mondial de La Bière", no Piér Mauá, Zona Portuária do Rio, irá reunir mais de 800 rótulos de cervejas do Brasil e do Mundo. Um dos destaques é a cerveja belga Golden Quenn Bee que tem Ouro 24 quilates na fórmula. A dose de 200 ml será vendida a R$ 60.
O encontro começa nesta quinta-feira (19) e se encerra no domingo (22). Os 112  expositores que participam do festival esperam receber mais de 40 mil visitantes. A área do festival este ano será o dobro da do ano passado.

De acordo com os organizadores, o Rio não tinha  tradição cervejeira e a partir do festival haverá uma mudança de cultura, pela importância da cidade. Na programação, os apreciadores da bebida não terão somente os rótulos inéditos à diposição. Haverá  concursos, bate papos, shows e um Petit Pub. Entre os convidados para o encontro estão mestres cervejeiros e jornalistas especializados no tema.
O público poderá também eleger as cervejas de sua preferência, em um concurso popular. As três mais votadas serão anunciadas ao final do evento. E para os interessados em conforto, o evento oferecerá um transfer gratuito (ônibus) saindo do Metrô Cinelândia, no Centro. O transporte será circular, das 14h as 23h, durante os quatro dias de evento. O evento informa apoia a Lei Seca e sugere que os visitantes utilizem transporte público para ir ao festival.
Serviço

3º Mondial de la Bière
Data: 19 a 22 de novembro de 2015
Horário: De quinta a domingo, das 14h às 23h
Local: Pier Mauá | Av. Rodrigues Alves, n° 10, Saúde, Rio de Janeiro
Ingressos: preço a partir de R$ 40
Vendas pelo site www.mondialdelabiererio.com

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Empresários mineiros criam cervejas artesanais com produtos típicos



Unir produtos típicos da região mineira com uma bebida bastante apreciada pela população mundial. Esta foi a ideia de dois empresários de Uberaba, na hora de criar as cervejas artesanais Bicho do Mato. Os aromas e sabores diferentes conquistam o paladar dos consumidores que, aos poucos, descobrem os prazeres das cervejas especiais.
Os ingredientes básicos são os mesmos utilizados nas cervejas tradicionais. A arte está nas composições adicionais que contêm ingredientes típicos da região mineira, como laranja, rapadura, jabuticaba, café e até doces como a goiabada cascão.
Além dos sabores diversificados, os nomes que rotulam as cervejas também trazem um pouco de Minas Gerais. “A ideia surgiu por acaso, numa despretensiosa conversa em que tivemos a ideia de assimilar o produto a um bicho da nossa região. Assim, fizemos um estudo e sincronizamos o estilo da cerveja aos bichos. A IPA, que leva o nome de Lobo Guará, é uma cerveja forte de cor avermelhada e se assemelha ao lobo, que é um animal caçador e pelagem de tom avermelhada. Com isso, ajudamos a divulgar a cultura da nossa região, estampando nos rótulos diversos bichos do cerrado mineiro”, explicou o sócio-proprietário Christino Parreira Neto. No time dos animais utilizados na divulgação, os empreendedores também convocaram a Traíra, o Preguiça, o Tatupeba e a Queixada.
Oportunidade de negócio
A Cervejaria Bicho do Mato surgiu em 2014, quando os apreciadores da cerveja convencional, Christino Parreira e Vitor Costa, decidiram desvendar os mistérios e as composições das bebidas. Em uma das pesquisas realizadas pelos sócios, eles descobriram que era possível fazer cerveja em casa. “Achamos a proposta de fazer cerveja em casa fantástica. Assim poderíamos fazer os estilos que mais gostávamos e beber a hora que quiséssemos”, compartilhou Parreira.


Os valores variam de R$ 10 a R$ 20 e, por enquanto, as cervejas são comercializadas somente em bares, restaurantes e hamburguerias da cidade de Uberaba. Contudo, os proprietários contam com a ajuda da internet e das redes sociais para a divulgação das obras-primas, possibilitando, assim, a remessa para qualquer região do Brasil.

No início, os amigos adaptaram os próprios equipamentos e trabalharam diferentes técnicas. Segundo os proprietários, a produção cresceu aos poucos. Quase um mês de trabalho para a liberação de 20 litros de cerveja. Todo o processo era feito no sítio da família de Christino e as bebidas eram distribuídas aos amigos e familiares. Mas, com o aumento dos equipamentos e aprovação dos degustadores, houve a necessidade de um espaço maior e, então, surgiu a oportunidade de comercialização.

Ao todo, a Bicho do Mato produz nove tipos de cervejas: Trigo (Traíra), Witbier (Preguiça), Pale Ale (Tatupeba), Session IPA (Queixada) e Índia Pale Ale (Lobo Guará). A empresa também oferece os estilos sazonais, vendidos uma vez por ano: Brown Porter (Chocolate de Pirata), em março, Russian Imperial Stout (Pezada), em junho, Double IPA (Chifrada), em agosto e Brazilian Blond Ale (Jabuticaba Gran Reserva), em dezembro.

A produção mensal chega a 500 litros por mês. Para o proprietário, no momento, a qualidade é mais importante que a quantidade. “A cervejaria prima pelo processo mais artesanal e natural possível. Se considerarmos do início ao fim do processo de produção, a cerveja leva, no mínimo, 30 dias para ficar pronta, devido ao respeito ao tempo natural de fermentação e maturação das cervejas. Com esse procedimento, a produção hoje é de cerca de 500 litros por mês”, destacou o sócio.


Além da crise
Mesmo diante da crise econômica enfrentada pelo país, o segmento ainda novo de cervejas artesanais segue em expansão. A sede do consumidor por novos aromas e sabores é o que incentiva os empreendedores a enfrentar as dificuldades que podem surgir com a crise.
Atualmente, a meta de Christino e Vitor é dobrar a produção até meados de 2016, mas sem perder o toque artesanal, encontrado nas bebidas que têm a cara de Minas. “Acreditamos que, no futuro, cada região do Brasil terá sua cerveja local, com sua própria identidade, de acordo com seu clima, sua cultura e sua gastronomia”, avaliou Christino.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Belo Horizonte vai ganhar filial da Hofbräuhaus





Quem passa pela avenida do Contorno, na esquina com a rua Bernardo Mascarenhas, no bairro Cidade Jardim, região centro-sul de Belo Horizonte, fica curioso com uma obra que está sendo feita no local e que fica escondida por trás de grandes tapumes de metal. Chama a atenção ainda o telhado, que é circulado por um arco e possui um bonito acabamento entalhado na frente do imóvel. Esse detalhe faz com que muitos pensem que ali vai se instalar uma igreja ou mesmo um parque, como parte da praça Desembargador Ayrton Maia, que fica ao lado, na esquina com a avenida Prudente de Morais. Porém, a verdade é que o endereço foi o local escolhido para a instalação da cervejaria alemã Hofbräuhaus em BH.

Criada em 1589 em Munique, Alemanha, pelo Conde da Bavária, a casa da cerveja escura, ou "hofbräuhaus" (pronuncia-se "rófibroiraus"), logo virou referência em cervejaria e restaurante típico na tradicional cidade alemã. Hoje, a casa possui filiais em outros países, como Austrália, China e Estados Unidos, e, em 2015, abrirá sua primeira loja no Brasil. Isso, graças ao trabalho dos jovens empresários Henrique Rocha, Bruno Vinhas e Francisco Vidigal, proprietários da BH Beer, que após longa negociação com a sede em Munique, conseguiram fechar a aquisição da franquia.

Segundo a assessoria da Horbräuhaus Belo Horizonte, a cervejaria terá um conceito inédito no país, chamado de brewpub, ou seja, alia a fabricação de cerveja no mesmo espaço em que os clientes podem provar iguarias da gastronomia alemã. "Será um local que irá manter as experiências e tradições alemãs", diz um dos sócios.

Conseguimos apurar também que, mesmo antes de abrir a casa no Cidade Jardim, que ocupa um terreno de 1011 m², a BH Beer se comprometeu com a Prefeitura de Belo Horizonte a ajudar na conservação da praça Desembargador Ayrton Maia, por meio do programa Adote um Verde, pelo período de 60 meses.